Título é com ele! Gabriel Menino conquistou o bicampeonato da Libertadores, neste sábado (27), e segue a sua caminhada repleta de títulos após subir para o profissional, em 2020. Aos 21 anos, é o quinto título pelo Verdão (Florida Cup, Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Libertadores) do atleta. Além das conquistas com o clube, ele ainda levou a medalha de ouro olímpica com a Seleção Brasileiras, em agosto.

Rodrigo Caio, multicampeão pelo Flamengo, foi o outro atleta Un1que Football na competição. O zagueiro, que já conquistou 10 taças com a camisa rubro-negra, foi um dos destaques da campanha do Mengão no torneio.

O Palmeiras sagrou-se campeão sobre o Flamengo em jogo iniciado na tarde deste sábado, no Estádio Centenário de Montevidéu, no Uruguai, pela final da Libertadores (jogo único em campo neutro). Pelo placar de 2 a 1 – gol de Raphael Veiga aos quatro do primeiro tempo e de Gabriel para o Rubro-Negro, aos 26 do segundo, e de Deyverson, aos quatro do primeiro tempo da prorrogação, o Verdão levou a melhor e superou o rival.

Superior ao Flamengo no retrospecto geral (47 vitórias contra 42 derrotas em 122 jogos – houve ainda 33 empates), o este foi o primeiro duelo entre as equipes na Libertadores. Curiosamente, porém, esta não é a primeira vez que o Alviverde levanta uma taça contra o Rubro-Negro fora do país: em 1997, na única vez em que os rivais se enfrentaram fora do Brasil até então, o Verdão conquistou o Troféu Naranja ao vencer o Rubro-Negro por 2 a 0 na decisão, em Valencia (Espanha), gols de Zinho e Oséas.

O Palmeiras levantou a taça da Libertadores pela terceira vez na história (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O Palmeiras, aliás, tem retrospecto de 100% de aproveitamento contra brasileiros fora do país: contra compatriotas fora do território nacional, foram dois jogos contra o Botafogo (1 a 0 em 1962, no México, e 2 a 1 em 1963, na Itália), um contra o São Paulo (2 a 1 em 1993, na Espanha) e dois contra o Flamengo (2 a 0 em 1997, na Espanha, e agora 2 a 1 em 2021).

O JOGO

O primeiro tempo foi dominado pelo Palmeiras, que chegou ao gol logo aos 4 minutos de bola rolando, com Raphael Veiga. Gustavo Gómez começou a jogada da defesa, lançou para a ponta-direita, Mayke disparou em velocidade, dominou e, invadindo a grande área pelo canto, conseguiu tocar para trás, no centro da área. Veiga invadiu, chutando de primeira, com força, de pé esquerdo, sem chances para o goleiro flamenguista Diego Alves. (Palmeiras 1×0 Flamengo).

O Verdão ainda criou outras chances e valorizou a posse de bola. Quase sempre que o Rubro-Negro oferecia alguma ameaça, a defesa do Palmeiras se mostrava ligada e desarmava, recuperando o controle da partida. As vezes em que o Flamengo criou as melhores chances foram em recuos errados do próprio time do Palmeiras: os cariocas assustaram com uma jogada de Bruno Henrique, aos 16, mas que foi ligeiramente desarmado por Mayke – Luan completou afastando. O Palmeiras ainda teve uma outra grande chance aos 28, quando Raphael Veiga disparou pela esquerda e cruzou uma bola perigosa, cortada de cabeça por Rodrigo Caio – o zagueiro flamenguista, porém, quase mandou contra o próprio gol.

Na reta final do primeiro tempo, o duelo até equilibrou-se taticamente, mas tudo parecia dar certo para o Verdão até o apito final da etapa inicial, da qual saiu vencendo por 1 a 0. Os 45 minutos seguintes, entretanto, não seriam tão favoráveis ao Verdão.

O segundo tempo, como já era de se esperar, teve o Flamengo vindo para o tudo ou nada contra Verdão. O Rubro-Negro criou chances logo nos movimentos iniciais com Gabriel e Willian Arão, mas, aos sete minutos, o Palmeiras respondeu com Rony. David Luiz ficou cara a cara com Weverton aos 10 minutos, que surgiu como um paredão na frente do zagueiro rubro-negro, defendeu – Weverton já havia feito ótima defesa no primeiro tempo em bola de Arrascaeta quase à queima-roupa, que também havia sido primordial.

E assim vinha sendo o segundo tempo. O Flamengo ameaçava, e o Palmeiras esboçava reação. Até que, aos 26 minutos, Gabriel aproveitou passe de Arrascaeta pela esquerda e bateu cruzado – Weverton não conseguiu fazer a defesa e a bola passou rente à trave e entrou. (Palmeiras 1×1 Flamengo)

Foi um grande baque sofrido. Abel Ferreira, que já havia substituído Danilo por Patrick de Paula para renovar o fôlego no meio-campo antes do gol do Flamengo, voltou a mexer no time aos 31 visando dar mais mobilidade à equipe, impedindo que o Verdão se abatesse em campo: entrou Wesley no lugar de Dudu no ataque; e aos 35, outra troca no meio-campo: Danilo Barbosa entrou na vaga de Zé Rafael. Desta forma, o Verdão foi se recuperando do baque sofrido visando não sofrer gol para continuar na disputa.

Aos 40 minutos, um susto. A bola de Michael, do Flamengo, que havia entrado minutos antes, passou muito perto do gol do Palmeiras. Tudo poderia ter acabado ali. Porém, foi para fora e o Verdão seguiu com esperanças na partida. Placar igual, expectativa de dois tempos de 15 minutos de prorrogação. Se nada mudasse, decisão nos pênaltis.

Na prorrogação, Abel lançou Deyverson no lugar de Raphael Veiga – ele que jamais errou pênalti pelo Verdão nas 15 cobranças que fez. E não deu outra. O predestinado ‘Menino Maluquinho’ precisou de quatro minutos em campo para marcar, pressionando a zaga do Flamengo e forçando uma saída errada em recuo para o goleiro: de pé esquerdo, disparou contra Diego Alves, que ainda tocou na bola, mas a viu morrer dentro das redes. (Palmeiras 2×1 Flamengo).

Ao fim dos minutos da prorrogação, vem o apito do árbitro argentino Néstor Pitana e a redenção.

Fonte: Site oficial do Palmeiras