A primeira temporada de Rodrygo no Real Madrid superou expectativas. Num jogo enorme, a quarta de final da Champions League contra o Manchester City, lá estava o brasileiro, aos 19 anos, titular e dando assistência para Benzema. O Real foi eliminado do torneio, mas festejou o título espanhol e Rodrygo ganhou força e novo status.
Acompanhado pelo preparador físico particular Marcel Duarte desde os 13 anos de idade, o atacante deu ênfase ao fortalecimento corporal nesses primeiros meses em Madri. Zidane gostou e começou a dar mais tempo de jogo a Rodrygo quando o sentiu em condição de encarar os adversários não só no aspecto técnico, mas também na parte física.
– Nosso foco é totalmente voltado para a qualidade de seus movimentos e suas habilidades e características. Não temos como objetivo deixá-lo musculoso, e sim com movimentos cada vez mais potentes e explosivos – explicou o preparador.
– Sabíamos que eu teria esse período de maturação e evolução nas partes física, técnica e mental. Procuro evoluir diariamente. A força é muito importante, mas é preciso equilíbrio. Procuro melhorar o cabeceio, a finalização com as duas pernas, o drible, a leitura de jogo, parte tática, marcação. O futebol está mudando constantemente e precisamos estar ligados – disse Rodrygo ao blog.
O jovem não esconde que voltar à seleção brasileira é uma das metas estipuladas para 2021 – ou, quem sabe, 2020, dependendo da agenda ainda a ser confirmada das eliminatórias da Copa do Mundo. Rodrygo foi convocado pela primeira vez para últimos amistosos, em novembro do ano passado. Participou de 31 minutos nos jogos contra Argentina e Coreia do Sul.
O longo período de inatividade serviu para reduzir distâncias entre jogadores habitualmente convocados e outros postulantes a uma vaga nas listas de Tite, mas o maior trunfo de Rodrygo foi ter passado a atuar pelo lado direito do ataque no Real Madrid.
No Santos, o atacante caía mais pela esquerda, onde a Seleção já tem atletas com características de lances individuais, dribles e velocidade, em patamar superior, casos de Neymar e Everton. Do lado direito, entretanto, Tite vinha utilizando centroavantes com outro tipo de movimentação, como Gabriel Jesus e Richarlison. O técnico busca uma opção diferente para a direita.
– Foi uma primeira temporada muito boa (no Real Madrid), mas quero fazer mais, brigar novamente por títulos, fazer mais gols, assistências e ter mais chances na seleção brasileira – afirmou.
Rodrygo disputou 26 partidas pelo Real Madrid. Marcou sete gols e deu três assistências.
Fonte: Globoesporte.com