42 gols. Entre os clubes da Série A, ninguém foi mais às redes que o Bahia nesta temporada. No Tricolor desde a metade de 2018, o experiente Gilberto é o artilheiro do time, com 13 tentos em 15 jogos. Quem mais deu assistências para os companheiros marcarem ainda é um novato, tanto na equipe como no futebol. Trata-se do jovem Artur, de apenas 21 anos, emprestado pelo Palmeiras até o fim do ano. São quatro passes para gol, além de duas bolas na rede por conta própria.

Em conversa com o UOL Esporte, Artur reforçou a preferência por fazer gols a dar assistências, mas a capacidade de deixar os companheiros em condições de balançar as redes fica evidenciada nos números da ainda curta carreira do atacante, revelado nas categorias de base do Palmeiras. Em 2017, por exemplo, jogou a Série B e foi campeão da Primeira Liga com a camisa do Londrina, acumulando oito gols e 11 assistências em 39 partidas.

“O melhor início possível de carreira foi lá. No Londrina, pude embalar e ter sequência. Agradeço muito por também estar conseguindo ter um bom início no Bahia. As oportunidades de gol estão começando a surgir com mais facilidade”, afirma Artur. No Bahia, além de servir Gilberto, ele também é parceiro de outro centroavante experiente e goleador: Fernandão, com seis gols em seis jogos.

“Está sendo ótimo atuar ao lado de dois dos goleadores do Brasil atualmente. Não à toa, somos o melhor ataque do país. É muito bom ter essa dupla, pois sempre que cruzamos na área eles estão ali para empurrar para o gol. Fico muito contente. A experiência deles conta muito também. Eles dão conselhos, mostram o que é ruim e o que é bom. Isso me ajuda”, analisa.

Apesar de alguns tropeços ao longo da temporada, como a eliminação ainda na primeira fase da Sul-Americana, o Bahia de Enderson Moreira segue vivo nas outras três competições que disputa: Campeonato Baiano (classificado para a final), Copa do Brasil (está na terceira fase) e Copa do Nordeste, competição pela qual entra em campo na tarde de hoje, contra o Sampaio Corrêa, no Castelão, e depende de outros resultados para buscar a classificação.

“O time está bem, treinando muito. Temos altos e baixos também, como qualquer equipe, mas soubemos passar pelos momentos difíceis e continuar como o melhor ataque do Brasil. Isso é fruto de muito trabalho que realizamos na preparação de início de ano. Projetamos ser campeão de tudo, claro, mas com os pés no chão, com muito trabalho e foco. Agora, temos como prioridade o Baiano, a Copa do Nordeste e avançar o mais longe possível na Copa do Brasil”, diz.

Prata da casa do Palmeiras, Artur ainda não conseguiu brilhar com a camisa alviverde. Depois de estrear pelo profissional em 2016 no jogo da festa do título do Campeonato Brasileiro, contra o Vitória, o atacante viveu no ano seguinte uma boa temporada no Londrina, que brigou para subir para a Série A até a penúltima rodada da Segundona. De volta ao Verdão, recebeu algumas chances com Roger Machado e Felipão, mas sofreu duas lesões que acabaram prejudicando seu desempenho na temporada. Foram nove jogos e dois gols marcados.

“Acho que o que mais me prejudicou foram as lesões. Tive duas, uma no tornozelo e outra na mão. Mas ainda sim tive oportunidades, consegui jogar. Mas não tive a sequência esperada por essas lesões”, lamenta o atacante, que tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2021 e ainda espera fazer história com a camisa alviverde.

“É o clube com o qual tenho contrato e nunca escondi o desejo de fazer história no Palmeiras. Mas meu foco agora é o Bahia, tenho contrato aqui e, se tiver que permanecer ou voltar para o Verdão, é algo que só vou pensar lá na frente. Deixo isso para os meus empresários e quero conquistar os objetivos em campo”, completa.

Fonte: UOL

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia