O futebol é um dos elementos da sociedade que mais apresentam oportunidades mesmo diante de dificuldades. Depois de ser rebaixado com o Boa Esporte para a Série C, no ano passado, Raphael Silva voltou para a Ponte Preta com pequenas chances de continuar, até que o Criciúma apareceu para lhe dar a chance de superar as marcas anteriores.
– Vi nessa mudança uma grande oportunidade. O Criciúma é um clube grande, no qual fui muito bem recebido e jogador tem de estar feliz. Queria buscar meu espaço, e na Ponte Preta, mesmo sendo série A, não teria esse espaço – afirmou o zagueiro em entrevista ao LANCE!
Raphael, porém, não se diz magoado com a Macaca e também não viu problemas em ser emprestado novamente, dessa vez ao time de Santa Catarina, onde tem ido bem desde o começo da temporada.
– Quando vamos emprestados para algum clube, queremos sempre fazer o melhor para ajudar. A gente sempre espera ter chance no time que pertencemos depois, no retorno. E de alguma forma ficamos chateados quando elas não chegam, mas foi tranquilo, Deus sabe o que faz, e as coisas estão acontecendo no Criciúma – comemorou.
Logo que chegou ao clube catarinense, o beque prometeu seriedade e se disse um ‘xerife’ na defesa, perfil este que se adaptou diante de um cenário apresentado especificamente pela Série B.
– Quando cheguei disse que zagueiro tem de ser xerife sempre que necessário, sem brincadeiras. Série B exige isso. Procuro sempre ter o equilíbrio, temos que nos adaptar às competições. Meu estilo é de ajudar minha equipe, mas pelos meus desarmes dá para perceber que também procuro roubar a bola do adversário sem cometer faltas. Antes de jogar Série B, meu estilo era mais técnico mesmo, mas Série B nós fazemos o que tem de fazer, tirando a bola da área – garantiu.
O zagueiro se mostrou atento às estatísticas da competição, nas quais se destaca, principalmente no número de rebatidas e de desarmes. Para ele, essa análise só aperfeiçoa seu desempenho.
– Após cada jogo eu olho minhas estatísticas e vejo o que tenho que melhorar. Até em questão de cartões eu me preocupo e números de faltas também. Ano passado minhas estatísticas foram boas e esse ano eu queria melhorar. Acho que vem dando resultado. Nós jogadores temos que nos preocupar com tudo e acompanhar tudo que pode nos acrescentar.
Além do trabalho intenso e da observação dos erros e acertos após cada partida, Raphael Silva credita ao técnico Roberto Cavalo a sua boa fase na temporada. O treinador está no clube desde o ano passado, o que facilita a implementação de um padrão à equipe.
– Ele conhece o clube e se identifica aqui. É um ótimo técnico e sempre nos passa confiança. Conhecer o clube e os atletas acrescenta muito. Cresci demais nesses sete meses que estamos trabalhando juntos – acrescentou.
Em 10º lugar no Campeonato Brasileiro da Série B e a quatro pontos da zona de acesso à Série A, O Criciúma se mantém na briga pelo principal objetivo da temporada. Após a goleada por 4 a 0 sobre o Oeste, os ânimos foram renovados.
– Temos de estar sempre ligados e preocupados. Claro que queremos buscar o acesso e vamos fazer de tudo pra estar entre os quatro primeiros. Enquanto houver chance, vamos em busca. Já mostramos que temos um bom grupo, mas precisamos fazer valer isso dentro de campo – finalizou.
Com Raphael Silva em campo, o Tigre vai até Pelotas para enfrentar o Brasil, nesta sexta-feira, às 19h15, em partida válida pela 26ª rodada do Brasileirão da Série B.