Aos 24 anos, o volante Gabriel Menino possui um currículo invejável. São 11 títulos oficiais pelo Palmeiras, o que faz dele o segundo jogador mais vencedor da história do clube entre os atletas formados na base.
O ciclo pelo alviverde paulista chegou ao fim em 2024, mas o atleta está cheio de apetite para cravar seu nome na história do Atlético. “A chama em mim reacendeu. Precisava de novos ares e desafios”, disse Menino durante sua apresentação no novo clube, no dia 31 de janeiro.
O atleta chegou ao Galo na negociação envolvendo a ida do atacante Paulinho para o Palmeiras. Logo no jogo de estreia, durante torneio amistoso nos Estados Unidos, Gabriel foi escalado pelo técnico Cuca e não saiu mais do time. São 10 jogos pela equipe mineira, todos como titular.
Em pouco tempo de clube, ele já pode conquistar o primeiro título com a camisa atleticana. O Galo enfrenta o América na decisão do Campeonato Mineiro, com os jogos marcados para os dias 8 e 15 de março.
Em entrevista exclusiva à reportagem de O TEMPO Sports, o reforço atleticano revelou que já tinha um carinho antigo pelo Atlético. “Parece que eu já era de casa. É um clube que eu sempre admirei, um dos três maiores do Brasil e quero deixar minha marca no Galo”, afirmou.
Confira alguns trechos da entrevista com o volante Gabriel Menino:
Início de temporada
No começo da temporada passamos por um pouco de turbulência. Lá em Orlando parecia que o nosso jogo não encaixava, testamos vários modelos e ficamos receosos. Mas graças a Deus, quando chegamos ao Brasil tudo floresceu, conseguimos dar a volta por cima, tudo se encaixou conforme a gente planejou.
Final do Mineiro
Esperávamos enfrentar o Cruzeiro na final. Mas o América foi melhor, foi merecido. Ainda não ganhamos dele. Vai ser um grande jogo, um clássico também. Vamos entrar 100% focados no título.
Defesa sólida
Nosso objetivo é não tomar gols. Fiquei assustado quando cheguei aqui, eles falaram que tomamos quase 80 gols ano passado. Nunca tive o costume disso. Temos o ditado que ataque ganha jogo e defesa ganha campeonato. Não só eu, mas todos em campo estão dando o melhor para ser a melhor defesa do Brasil.
Cuca
O Cuca é muito engraçado. Ele conta as histórias dele aqui que a gente não pode contar. Super divertido, inteligente, me ajuda e fala comigo o tempo todo para que eu possa melhorar no dia a dia. Ele me dá oportunidades para melhorar ainda mais.
Posicionamento em campo
A posição (preferida) que fiz em toda minha carreira, jogando como um oito. Mas claro que não dá pra descartar a lateral, fui para seleção jogando ali. Gosto muito e avisei ao Cuca que se precisasse podia contar comigo. Está tudo dando certo no meio, espero ajudar ele e a equipe.
Trabalhos de scout
No Palmeiras eu jogava muito de dez e eu não ‘quebrava’ o pescoço para os lados, eu não tinha essa noção. Descobri que tinha um óculos virtual que me ajudava nisso. Um jogo virtual que dava algum estimulo a cada cinco, dez segundos, que a bola vinha e você tinha que olhar para os lados antes de receber. Isso me ajudou bastante, me deixou mais rápido com a bola nos pés. Isso ajuda também em outras posições em campo.
Seleção brasileira
Foi tudo muito rápido. Eu que era do interior, vivia brincando descalço na rua. Quando chega Palmeiras, seleção, você mesmo toma um baque. A gente coloca tanta pergunta dentro de si que perde o objetivo.
Acompanhamento psicológico
Eu fiz acompanhamento psicológico, ele (psicólogo) falava coisas que eu não queria ouvir, mas que eram verdades. Até briguei com ele. Eram verdades e eu não era o dono da razão. Hoje eu tenho a humildade de colocar os pés no chão. Sigo com acompanhamento para entender as coisas, torcida, momento do jogo, para chegar no meu mais alto nível.
Liderança do Hulk
Ele é fenomenal. Só temho a agradecer, parecia que já o conhecia há tempo, ele passa confiança, parece que tudo fica mais leve. Você sabe que ele está ali, qualquer hora vai decidir um jogo, ajuda todo o elenco.
Fonte: O Tempo