Contratado a pedido do técnico Cuca para ser titular no meio-campo do Atlético, Tchê Tchê concedeu entrevista exclusiva ao podcast “Vai Galo”, gravado pelo repórter Cláudio Rezende, setorista do alvinegro na Rádio Itatiaia. Na conversa, entre outros assuntos, o jogador falou sobre a volta por cima dada após o início contestado pela torcida por causa de erros individuais.

“Eu sabia que eu vinha fazendo bons jogos. Acabei errando, sim, coisa que eu não gosto, mas aconteceu e agora é bola para frente. Talvez eu tenha tirado um peso também tendo exposto, dando a cara a bater. Só assim a gente vence os grandes desafios”, disse relembrando o pedido de desculpas pelos erros individuais.

De onde vem a personalidade? Ele responde. “É a minha, carrego desde pequeno. Não tem problema eu assumir. Não estou aqui para me esconder. Sei da pressão que é vestir essa camisa de massa, então a cobrança vai ser pesada e se eu for bem eles vão apoiar”, destaca.

Ainda com 14 anos, o jogador, paulista, deixou o lar onde vivia “para criar maturidade”. Ele ressalta que “venceu as maiores barreiras” quando era pequeno. “Sai de um lugar em que ninguém dá nada para você, lugar com muita criminalidade e pobreza, e consegui vencer na vida”, ressalta.

“Não ser bem-sucedido, famoso e as outras coisas que o futebol proporciona. Mas ser alguém de bem, honesto, que pode sair na rua tranquilo e caminhar de cabeça erguida. O que meus pais me ensinaram”, prossegue o meia.

Libertadores 2013 e o “eu acredito”

Nas últimas semanas, Tchê Tchê compartilhou quarto em algumas concentrações com Réver, que, ao lado de Diego Tardelli, é um dos remanescentes no elenco da histórica conquista da Libertadores da América de 2013. Nas “resenhas”, o meia revela que fez questão de relembrar o título.

“Eu comentei: “Pô, jogando do seu lado agora, dividindo a concentração com você. A Libertadores que vocês ganharam eu estava em casa gritando “Eu Acredito” junto. Primeiro por eu gostar do clube e segundo pelos jogadores que tinham ali, todo mundo torceu pelo Atlético”, disse.

O meia também diz que está ansioso para ouvir, de dentro do campo, a torcida do Galo cantar. “Mas, claro, quando tudo estiver resolvido, com a população vacinada, para ninguém correr risco de vida”, completa.

Fonte: Rádio Itatiaia