O baixinho e velocista Artur é uma das esperanças do Bahia em busca de um triunfo sobre o Grêmio, nesta quarta-feira, a partir das 19h15, na Arena Fonte Nova, em Salvador, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Destaque do Esquadrão na temporada, o camisa 98 não esquece das origens, relembra os primeiros passos no futebol, enaltece o suporte da família e sonha com uma oportunidade na seleção brasileira olímpica. Um detalhe é que ele é o maior assistente do ataque do time, o melhor do Brasil em 2019, e está em terceiro na artilharia.
“Temos jogadores de qualidade, experientes, estamos focados e confiantes em fazer um grande jogo para buscar a classificação. Jogaremos diante do nosso torcedor e vamos em busca do triunfo, tomando os cuidados necessários, mas sabendo que temos a capacidade de derrotar o Grêmio”, avisou o jogador, em entrevista exclusiva ao Yahoo Esportes.
Mesmo jovem, o cearense canhoto de 21 anos já acumula longa quilometragem em andanças pelo país – sempre no mundo da bola. Após início na base do Ceará, transferiu-se ainda aos 16 anos para o Palmeiras. Destaque entre os garotos do Verdão, chegou ao profissional em 2016 e foi convocado para a seleção sub-20 no ano seguinte.
“Foi difícil sair do Nordeste, pois era muito novo, mas sabia que seria um grande desafio e que poderia fazer a diferença para a minha carreira. Como disse, meus pais sempre fizeram questão de estar perto e me dar todo suporte. Isso facilitou muito na minha adaptação e para que eu pudesse realizar meu sonho de chegar a um grande clube, poder ir para a Seleção Brasileira de base. Todas as dificuldades valeram muito a pena”, analisou o atacante.
“Graças a Deus, sempre tive apoio dos meus pais. Meu pai e minha mãe sempre me incentivaram, no Ceará, no Piauí, em São Paulo, Paraná, Bahia… sempre fizeram de tudo para que eu pudesse ir aos treinos, me acompanharam durante toda a minha carreira, me dando o suporte familiar necessário para eu exercer minha profissão. O amor dos meus pais e o conselho que eles me dão, até os dias de hoje, fazem toda diferença”, completou.
Sem espaço na equipe principal, Artur ganhou rodagem em 2017. Defendeu o Novorizontino no Paulistão – disputou cinco jogos – e vestiu a camisa do Londrina na Primeira Liga e na Série B do Campeonato Brasileiro. Foram oito gols em 39 jogos e a liderança nas assistências da Série B em 2017 pela equipe paranaense, o que despertou a atenção de outros clubes para o ano seguinte.
Em 2018, porém, foram poucas oportunidades no Palmeiras: apenas sete partidas em toda a temporada e nenhum gol marcado. A virada de ano abriria novas oportunidades para o jovem atacante. Ambicioso por voos maiores na carreira, Artur foi procurado pelo Ceará, clube que o revelou, mas optou pelo Bahia.
“Ainda sou jovem, então quero ter ainda muitos anos de carreira, ganhar muitos títulos, fazer gols, dar assistências… Só isso (risos). Acho que é pensar em um passo de cada vez. O importante é poder ter uma sequência, ajudar a equipe, os companheiros… Eu trabalho muito forte no dia a dia para seguir evoluindo e poder alcançar meus objetivos”, disse.
Apesar da preferência pelo Esquadrão, o atacante cearense destaca a gratidão pelo Alvinegro, que ainda detém 30% dos direitos econômicos, e assegura que se sente em casa na terra natal. “Com certeza, tenho muita gratidão aos profissionais que me ajudaram no começo de carreira. Foi muito importante para que eu pudesse começar a construir uma história no futebol. Fortaleza ainda é uma cidade em que me sinto em casa, gosto de passar folga e as férias lá, então só tenho boas lembranças”, frisou.
Fonte: Yahoo