Emprestado pelo ao Bahia pelo Palmeiras desde o começo deste ano, Artur é um dos maiores destaques da equipe tricolor na temporada. Autor de dois gols nas primeiras três rodadas do Campeonato Brasileiro e na seleção do Prêmio ESPN Bola de Prata Sportingbet, o atacante conseguiu o espaço tanto desejado quando chegou ao Fazendão.
– Estamos indo bem, quando o coletivo vai bem o individual sempre aparece. Fiz uma boa escolha de vir ao Bahia sabendo que aqui iria brigar por títulos. Fico muito feliz pelo título baiano e o bom começo no Brasileiro. Espero que possamos continuar assim até o fim – disse, ao ESPN.com.br.
Em abril, ele voltou a ser comandado por um velho conhecido: Roger Machado. O técnico entrou no lugar do demitido Enderson Moreira.
– Trabalhar com o Roger é muito bom e fácil. É um cara que conversa muito e quando estamos errados ele puxa mesmo a nossa orelha. Nos ensina o caminho certo. É uma ótima pessoa e já o conhecia do Palmeiras. Eu sabia como era o trabalho dele tanto tático quanto fora de campo. Já sabia o que ele gostava e isso facilitou – declarou.
Revelado no Palmeiras, o jogador de 21 anos disputou oito jogos pela equipe alviverde, que fez muitas contratações nos últimos anos. Para ganhar mais experiência, foi emprestado para Novorizontino e Londrina antes de chegar ao Bahia.
– O Palmeiras tem dinheiro para comprar jogadores bons e tem que pôr para jogar mesmo. Se eles estão fazendo investimento, querem ter resultado. Não vejo nada de errado nisso. Lógico que dificulta [para a base jogar] um pouco com tantos jogadores de qualidade, nome e história – analisou.
Com seis pontos ganhos no Brasileiro, o Bahia enfrentará o Athletico-PR na próxima rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo será realizado na Arena da Baixada, em Curitiba, neste domingo (12/05) às 19h (de Brasília).
Veja a entrevista com Artur:
Como avalia o atual momento, com título baiano e o bom início no Brasileiro, com gols e seleção do Bola de Prata?
A avaliação é muito boa. Estamos indo bem, quando o coletivo vai bem o individual sempre aparece. Fiz uma boa escolha de vir ao Bahia sabendo que aqui iria brigar por títulos. Fico muito feliz pelo título baiano e o bom começo no Brasileiro. Espero que possamos continuar assim até o fim.
Ter feito um gol no Corinthians foi especial?
O sabor foi diferente. Sempre foi meu rival na época de base e ainda tem um pouco daquela rivalidade. Mas o mais importante foi dar o triunfo ao Bahia.
Como foi a decisão de sair do Palmeiras para o Bahia?
Sentei com a minha família e os meus empresários e fomos ver a melhor escolha. Graças a Deus tem dado tudo certo. A adaptação foi ótima porque a cidade e o clima foram bem tranquilos porque sou nordestino nascido no Ceará. Apesar de Salvador ser bem calor, é uma cidade parecida com Fortaleza. Essa foi a parte fácil.
Como é a torcida do Bahia?
A torcida é apaixonante e a gente sente o calor. Eles vibram do início ao fim. A torcida é maravilhosa.
Chegou a trabalhar antes com algo fora do futebol? Fez faculdade?
Nunca fiz nada fora do futebol. Meu pai é professor e todo mundo na minha família fez faculdade. Eles sempre nos apoiaram a nos estudar, devo fazer [uma faculdade] mais para frente.
Como surgiu o Palmeiras na sua vida? Quais as principais dificuldades que enfrentou?
Eu estava no Ceará e joguei contra o Palmeiras, a gente perdeu na prorrogação e fiz um gol. Nisso, pegaram meu contato e pediram para eu ir para lá. Eu não tinha como recusar. As maiores dificuldades foram sair de casa pela primeira vez com 15 anos e morar em São Paulo. Foi difícil me adaptar a ficar longe dos meus pais e dos amigos em um clima diferente.
Quais foram os principais torneios de base que disputou com o Palmeiras fora do Brasil?
Pelo Palmeiras não fiz. Eu joguei o Sul-Americano Sub 20 de 2017 pela seleção brasileira e vimos muitos jogadores de qualidade de outros países.
O que você pode falar do aprendizado nesses empréstimos? Novorizontino, Londrina e Bahia…
Nesses lugares tive a chance de jogar mais vezes e conhecer outros jogadores e ver coisas novas com outros treinadores…Me ajudou a amadurecer.
Como é trabalhar com o Roger Machado, seu ex-treinador do Palmeiras? Vocês tinham uma boa relação?
Trabalhar com o Roger é muito bom e fácil. É um cara que conversa muito e quando estamos errados ele puxa mesmo a nossa orelha. Nos ensina o caminho certo. É uma ótima pessoa e já o conhecia do Palmeiras. Eu sabia como era o trabalho dele tanto tático quanto fora de campo. Já sabia o que ele gostava e isso facilitou.
Esperava ter mais chances no Palmeiras? Ainda pretende voltar?
Ainda espero. Quem sabe um dia eu posso voltar e ter essa oportunidade? Eu não tive tantas chances porque me machuquei e depois voltei. Isso foi um dos principais motivos de eu não ter sequência. Pretendo um dia voltar, mas meu pensamento é todo no Bahia. Meu foco é aqui mesmo.
As contratações milionárias dificultaram o espaço da base aparecer?
O Palmeiras tem dinheiro para comprar jogadores bons e tem que pôr para jogar mesmo. Se eles estão fazendo investimento, querem ter resultado. Não vejo nada de errado nisso. Lógico que dificulta [para a base jogar] um pouco com tantos jogadores de qualidade, nome e história.
Qualquer equipe tem objetivo de ser campeão e com a gente não é diferente. Queremos chegar o mais longe possível, o limite é o céu. Temos que trabalhar para fazer uma campanha histórica pelo Bahia nas duas competições.
Fonte: ESPN