O Tricolor gaúcho terminou a 18ª rodada do Brasileirão com uma moral e tanto. A equipe de Renato Portaluppi derrotou o Vitória por 4 a 0 com o time praticamente inteiro reserva, e estão confiantes para a viagem ao Rio de Janeiro.
A partida de ida entre Grêmio e Flamengo pelas quartas de final da Copa do Brasil, em Porto Alegre, terminou em empate por 1 a1. Entretanto, o time Rubro-Negro sofreu uma derrota na Libertadores neste meio tempo, aumentando ainda mais a pressão sobre a equipe de buscar uma classificação na Copa.
Marcelo Oliveira, lateral-esquerdo do Grêmio, disse em entrevista exclusiva que vai ser um jogo “dificílimo” e que o adversário está preparado para isso. “Sabem (os jogadores) que quando se joga num time grande sempre vai existir a pressão, eu vejo mais como eles estarem motivados para dar uma resposta à torcida”, declarou Marcelo. “Precisamos estar bem preparados para esse duelo”.
O jogador, contratado em 2015 pelo clube gaúcho, voltou a boa forma e tem se destacado nas últimas partidas. Ele poderá ser um dos titulares no Rio de Janeiro. “Renato sempre deixa muito claro, todos têm que estar preparados para a oportunidade (de ser titular) ”, diz o jogador. “Todos têm que estar à disposição e o ponto forte do nosso grupo sempre foi a união, não tem vaidade, não tem essa de ser titular absoluto”.
Renato Gaúcho se tornou um dos grandes responsáveis (se não o maior) pelas conquistas do clube de Porto Alegre nos últimos tempos. Desde sua chegada, em 2016, venceu uma Copa do Brasil, uma Copa Libertadores, uma Recopa Sul-Americana e um Campeonato Gaúcho.
“Renato tem a hora dele para tudo. Claro que tem a hora que ele brinca com a gente, é um cara muito bom de conviver no dia a dia, e tem a parte séria que ele precisa fazer a cobrança nos jogos, no treinamento”, conta Marcelo sobre o seu treinador.
“O que o torna um técnico diferenciado é a visão que ele tem, tudo o que passa para a gente. Até nas entrevistas vocês (jornalistas) veem ele comentando da malandragem, dos detalhes do futebol, realmente tudo que ele fala, no jogo acontece. Temos que estar muito atentos ao que ele pede e cobra”, acrescenta o lateral.
Marcelo foi titular na última partida do Campeonato Brasileiro contra o Vitória, e sabe que o fator torcida + jogar na Arena podem influenciar na próxima partida contra o Estudiantes, pela Copa Libertadores.
“A gente sabe que nosso torcedor é importantíssimo, ainda mais jogando na Arena, o apoio que eles dão é fundamental”, disse o lateral-esquerdo. “Lá foi um jogo difícil, mas fomos felizes em fazer um gol, para diminuir a vantagem que eles estavam. Agora é vir para cá, ter muita atenção, pois o time deles é perigoso, mas impor nosso ritmo e se Deus quiser sair classificado”.
Marcelo ainda revelou qual foi a sua partida mais especial no Grêmio: a final da Copa do Brasil de 2016, o primeiro título importante do clube desde 2001.
“Essa é a partida que marcou, porque acabamos com o jejum de 15 anos que o Grêmio não ganhava um título de expressão, e ali foi um sentimento inexplicável. É o título mais marcante para mim”, disse Marcelo. “Claro que a gente ganhou a Libertadores também, teve a oportunidade do Mundial, são títulos que a expressão é bem maior, mas o sentimento da conquista da Copa do Brasil não tem igual”.
Confira a entrevista completa com Marcelo Oliveira:
Como será a partida contra o Flamengo?
Vai ser um jogo dificílimo, sabemos que cada partida é uma história. Com esses resultados que eles tiveram com certeza a cobrança vai ter, mas os jogadores que estão lá são preparados para isso, sabem que quando se joga num time grande sempre vai existir a pressão, eu vejo mais como eles estarem motivados para dar uma resposta pra torcida, então precisamos estar bem preparados para esse duelo.
Como é a disputa com Cortez pela titularidade na lateral-esquerda?
Ano passado eu machuquei o ombro, tive uma lesão muito séria, fiquei praticamente dois meses sem jogar. Agora tudo isso é passado. Tive a oportunidade de nas últimas partidas jogar, não falo que sou o titular da posição, assim como o Cortez também já deu declarações assim.
Não só eu e ele, mas jogadores de outras posições também. Renato sempre deixa muito claro, todos têm que estar preparados para oportunidade. Estamos disputando três campeonatos dificílimos, então todos têm que estar a disposição e o ponto forte do nosso grupo sempre foi a união, não tem vaidade, não tem essa de quem é titular absoluto.
Próximo jogo da Libertadores na Arena. Como aproveitar o fator casa?
A gente sabe que nosso torcedor é importantíssimo, ainda mais jogando na Arena, o apoio que eles dão é fundamental. Lá foi um jogo difícil, mas fomos felizes em fazer um gol, para diminuir a vantagem que eles estavam. Agora é vir pra cá, ter muita atenção, o time deles é perigoso, mas impor nosso ritmo e se Deus quiser sair classificado.
Saída do Arthur desestabilizou o time?
Não. Seguimos normal, a gente sabe que o Arthur é um grande jogador, ficamos felizes pela saída dele já que foi para um grande clube da Europa. Ele deu a contribuição dele enquanto esteve aqui e agora quem está entrando no lugar tá dando conta do recado também. Futebol é assim, dinâmico, jogadores vão sair, outro chegam e o clube sempre vai crescer com isso.
Contrato com o Grêmio acaba em em 2019, como planeja sua renovação?
Hoje eu vivo muito o presente, não fico pensando muito lá na frente. Tenho contrato até 2019, então minha cabeça até lá está aqui no Grêmio e depois a gente vê o que vai acontecer, se terá renovação ou não. É como eu sempre fiz a minha vida toda, nunca fiquei pensando dois, três anos para frente, tenho que pensar no momento. Futebol é assim, nossa profissão tem que viver o dia a dia intensamente.
Como é o Renato Gaúcho nos bastidores?
Renato tem a hora dele pra tudo. Claro que tem a hora que ele brinca com a gente, é um cara muito bom de conviver no dia a dia, e tem a parte séria que ele precisa fazer a cobrança nos jogos, no treinamento. É um cara que deixa o ambiente muito bom, deixa os jogadores bem confortáveis para trabalhar, é muito transparente, o que precisa falar é olho no olho. Isso é fundamental pra comandar uma equipe e ele faz muito bem isso.
Ele vai conseguir realizar o sonho de treinar a Seleção?
Tudo é possível. Ele tem trabalhado, tem mostrado com as conquistas nos últimos anos e com que ele tem feito a gente jogar aqui, com o trabalho tem mostrado que condições ele tem. Agora a oportunidade tem que esperar e ver o que acontece, mas com certeza ele tem potencial para chegar na Seleção também.
Qual a partida mais especial para você no Grêmio?
Final da Copa do Brasil de 2016. Essa partida é a que marcou porque a gente acabou com o jejum de 15 anos que o Grêmio não ganhava um título de expressão e ali foi um sentimento inexplicável. É o título mais marcante pra mim. Claro que a gente ganhou a Libertadores também, teve a oportunidade do Mundial, são títulos que a expressão é bem maior, mas o sentimento da conquista da Copa do Brasil não tem igual.
Quem são teus ídolos no futebol?
Eu sempre gostei do Zé Roberto. Toda entrevista que eu já dei, sempre falei do Zé. Até pela função dele de jogar em mais de uma posição e eu tenho isso também, comecei comecei como volante, ja joguei de zagueiro e o Zé Roberto sempre fez isso. Dede pequeno já admirava ele jogando futebol.
Qual série você gosta de ver?
Já assisti várias. Vikings, Prison Break, Homeland, Os 10 Mandamentos, Rei David também que é muito bom.