Cria do Palmeiras, o atacante Artur está aproveitando muito bem o empréstimo ao Londrina: seus gols e assistências chamaram a atenção da diretoria alviverde, que tem planos de integrá-lo ao elenco principal em janeiro de 2018. João Pedro, lateral-direito emprestado à Chapecoense, e Victor Luis, lateral-esquerdo que está no Botafogo, devem seguir o mesmo caminho.
– Espero que aconteça, estou trabalhando firme e duro para isso. Tenho conseguido jogar bem, dar assistências, fazer gols… Meu sonho é poder fazer isso pelo Palmeiras também – disse Artur, 19 anos, ao LANCE!.
O torcedor que ainda não o conhece poderá vê-lo em ação neste domingo, a partir das 11h, quando o Londrina disputa com o Cruzeiro uma vaga na final da Copa da Primeira Liga, no Estádio do Café. Na Série B, a equipe ocupa neste momento o 13º lugar, com sete pontos a menos que o Ceará, quarto colocado.
Artur tem 22 jogos pelo clube (21 na Série B e um na Primeira Liga), com oito assistências e quatro gols marcados.
– Quero terminar bem a temporada e ajudar o Londrina a conquistar os objetivos. A nossa intenção é brigar até o fim pelo acesso à Série A. Se eu for para o Palmeiras depois, para ganhar chances e ser aproveitado lá, será algo maravilhoso, mas só posso pensar nisso depois – diz.
O jovem já estreou pela equipe profissional do Verdão: na última rodada do Brasileirão do ano passado, com o título já assegurado, entrou no lugar de Alecsandro e disputou os minutos finais do triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória. Antes disso, já vinha treinando constantemente com o grupo principal.
Antes de ser emprestado ao Londrina, ele teve passagem discreta pelo Novorizontino, com apenas cinco jogos disputados no início deste ano. O garoto considera ter amadurecido com o “chá de banco”.
– Tive uma experiência boa, digamos, de amargar um banco (risos). É até irônico falar, mas eu tive que esperar minha chance, trabalhar muito, e isso serviu como um bom aprendizado – lembra.
Artur foi descoberto pelo Palmeiras em 2015, quando enfrentou o time sub-17 do clube – que tinha Gabriel Jesus – pelo Ceará. Sua equipe perdeu por 2 a 1, mas ele fez o gol e logo foi contratado para jogar na base do Verdão, onde sempre teve o status de promessa. Desabrocha em 2018?
Confira um bate-bola exclusivo com Artur:
LANCE!: Conte como foi sua trajetória até chegar ao Palmeiras e se tornar uma promessa do clube.
Artur: Jogava pelo Ceará e viajamos para o Rio de Janeiro para jogar a Copa Rio. Nos classificamos para as quartas de final e enfrentamos o Palmeiras, que na época tinha o Gabriel Jesus. Fiz um bom jogo e marquei gol, inclusive. Nós perdemos, mas o treinador deles me ligou, disse que gostou do meu futebol e ficamos em contato nos dias seguintes. Acabei indo para o Palmeiras, consegui ter uma boa experiência, pude fazer bons treinos e jogos e me destacar, graças a Deus.
Você já teve algumas experiências entre os profissionais, inclusive com o Cuca. Como se sentiu?
A experiência foi muito boa, apesar do pouco tempo. O Cuca foi um dos melhores profissionais com quem já trabalhei. Ele falou muito comigo e me deu muitos conselhos enquanto estive lá. Foi muito gratificante ter trabalhado entre os profissionais no ano passado, aprendendo com o Cuca e com os companheiros. Espero revê-lo futuramente. É um grande técnico, um vencedor na carreira, e tenho certeza de que posso aprender muito mais e brigar por títulos com um cara como ele ao meu lado.
Você esperava ser aproveitado já neste ano ou já imaginava que seria emprestado?
Eu achava que não teria muito espaço, pois o clube fez muitas contratações. Vieram grandes jogadores, de nome, e ser emprestado acho que era o caminho mais esperado mesmo. Fui para o Novorizontino, mas cheguei no meio do campeonato e não pude ter o espaço que gostaria. Graças a Deus, no Londrina consegui ganhar oportunidades, ter uma boa sequência e me destacar. Sou muito grato ao presidente e ao treinador pelas chances que tenho recebido. Espero sempre ajudar a equipe e os meus companheiros. É um clube com pessoas muito sérias e comprometidas a conquistarem os objetivos.
O que o empréstimo ao Novorizontino acrescentou à sua carreira?
No Novorizontino, tive uma experiência boa, digamos, de amargar um banco (risos). É até irônico falar, mas eu tive que esperar minha chance, trabalhar muito, e isso serviu como um bom aprendizado. Pude amadurecer, conheci ótimos profissionais e aprendi, mesmo sem jogar o que gostaria lá. Cada etapa na vida a gente tira como uma lição, e conseguir encarar de uma forma positiva para aprender no futuro.
No Londrina, você se consolidou como um dos destaques. Acha que é uma prova de que pode ser aproveitado no Palmeiras?
Espero que sim, estou trabalhando firme e duro para que isso aconteça. Tenho conseguido jogar bem, dar assistências, fazer gols… Meu sonho é poder fazer isso pelo Palmeiras também. Foi muito bom ter recebido oportunidades e manter uma sequência de jogos, pois assim pude ajudar a equipe. É dessa forma que você prova o seu valor, tanto para o próprio clube, quanto para as pessoas que olham de fora. O reconhecimento individual é a consequência de estar ajudando a equipe.
O Mattos já chegou a dizer que você provavelmente será parte do elenco do Palmeiras em 2018. Já sabe de alguma coisa?
Já li a respeito, mas não falei com ninguém diretamente. Isso deixo para meus empresários resolverem, confio neles e sei que o melhor vai acontecer para mim. Eu, particularmente, tenho que pensar nisso apenas após o término da temporada.
Com os recentes empréstimos, é verdade que sua família tem feito uma peregrinação pelo país?
A minha família sempre me apoiou e me acompanhou. Eles começaram a morar comigo a partir de Novo Horizonte. Não foi diferente aqui em Londrina. Fico muito feliz por estarem juntos, tudo fica mais leve com a família ao lado. O suporte deles é algo muito importante e também me ajuda e me motiva a estar sempre querendo mais e buscando os meus objetivos na carreira.
Por último, quais são suas principais características? Em que posição prefere jogar?
Sou um jogador de velocidade, que aposta no drible e finalização… Gosto e tenho disposição para marcar também . Sobre a posição, pode ser a que der (risos). Na base do Palmeiras, joguei pelo lado direito do ataque e até no meio de campo. Agora, no Londrina, estou jogando aberto pela direita também. Gosto de atuar pelas pontas, mas também posso atuar no meio.
Fonte: LANCE!