Alisson subiu para o time principal do Cruzeiro em 2012 e apareceu como a grande aposta da base azul. Ao longo dos cinco anos de clube, alternou momentos de grande futebol e outros de queda de rendimento. Mas o início do Campeonato Brasileiro de 2017 tem sido positivo para o meia-atacante. O jogador se tornou titular com Mano Menezes e vem tendo atuação de destaque nas rodadas iniciais.
Nem mesmo a contratação de reforços de peso feito pela direção celeste para o ataque do time, desde a temporada passada, quando chegaram Rafael Sóbis, Ramón Ábila, Thiago Neves, Robinho e Rafael Marques tirou espaço de Alisson. O jogador ganha a atenção de Mano Menezes pelo estilo em campo, apostando na velocidade e nos lances individuais para superar a marcação adversária.
Escolhido para exercer a função pela ponta esquerda nos dois primeiros jogos do Brasileirão, Alisson chega como uma das esperanças de gol para a Raposa no jogo deste domingo contra o Santos, na Vila Belmiro. O atacante é o segundo jogador que mais acerta o gol. Tal persistência resultou em um tento, marcado diante do Sport, no domingo passado, quando o clube celeste empatou por 1 a 1.
Ao mesmo tempo que foca suas atenções para dentro de campo, Alisson também vive momentos decisivos fora das quatro linhas, mas na TV e com a NBA. O atleta é torcedor do Golden State Warriors que fará a decisão do principal torneio de basquete do mundo contra o Cleveland.
Em entrevista exclusiva ao SuperFC, o jovem atacante fala sobre a temporada, o momento vivido pelo Cruzeiro no ano e o trabalho do técnico Mano Menezes, além de dar seu pitaco na decisão da NBA, que começa no dia 3 de junho, entre Golden State e Cleveland.
Confira a entrevista completa com o atacante do Cruzeiro:
Titular nos dois jogos do Campeonato Brasileiro, pode-se dizer que o seu atual momento é o melhor vivido nesta temporada?
Tivemos um início muito bom, nosso aproveitamento era o melhor do país e conseguimos bons resultados. Agora, esperamos retomar a sequência para irmos bem no Brasileiro e seguirmos avançando na Copa do Brasil. Eu, particularmente, venho de dez jogos em sequência, esses últimos dois como titular, em que pude dar uma assistência e fazer um gol. Espero seguir crescendo, assim como a equipe, para vencermos nestas importantes competições.
Você é hoje um dos destaques do Cruzeiro no Brasileiro. Teve alguma mudança de função proposta por Mano para ajudar o crescimento?
Não houve diferença, ele sempre me deu oportunidade e demonstrou confiança. O Mano tem um plano tático, um trabalho muito bom, e tentamos ao máximo exercer as funções que ele pede. Eu tenho ficado mais aberto pela faixa lateral, mas também posso cair para o meio, ajudo na marcação do setor… O importante é toda a equipe estar funcionando bem. No Cruzeiro, sempre falamos que temos de jogar pelo outro, pela equipe, para as coisas darem certo.
Como tem sido o trabalho do treinador, que chegou a ser questionado e aos poucos tenta mostrar melhores resultados em 2017?
Como disse, no começo do ano o Cruzeiro teve o melhor aproveitamento do Brasil. A equipe jogou bem, evoluiu, mas infelizmente não conseguimos o título estadual e caímos na Sul-Americana, nos pênaltis. Poderíamos ter saído vitoriosos dos dois duelos. Ainda estamos vivos na Copa do Brasil e estaremos fortes para brigar pelo Brasileiro. Se não deu até agora nesse ano, vamos fazer de tudo para conquistar estes dois títulos que ainda disputamos.
O ataque foi o setor que mais recebeu reforços nesta temporada. Isso aumenta a disputa pela titularidade. Considera ser positivo?
Concorrência boa sempre aumenta a qualidade de uma equipe. Fiz parte do Cruzeiro bicampeão brasileiro, em 2013 e 2014, e o grupo também era muito bom. Isso que é importante, ter um grupo forte, pois o nosso calendário e o nível das competições exige isso. Eu vejo disputas boas em todas as posições, e o mais importante é que o grupo está unido. A cada dia que passa, estamos nos fechando cada vez mais, independentemente de quem esteja em campo.
Você tinha como objetivo ano passado disputar as Olimpíadas, mas não conseguiu. Quais são seus objetivos pessoais para esta temporada?
O primeiro objetivo pessoal do jogador é sempre ir bem pelo clube e conseguir títulos. O que vem depois é consequência do que você consegue no clube. Espero ter uma boa sequência no Cruzeiro e voltar a ser campeão com essa camisa. Hoje, na minha cabeça, esse é o principal objetivo.
As lesões ficaram no passado, isso ajuda a ter mais confiança nos jogos?
Nesta temporada estou conseguindo ter uma boa sequência. Estar machucado é muito ruim, você não pode ajudar, depois precisa voltar ao melhor condicionamento físico… Isso prejudica muito o ritmo e a sequência. Em 2017, tenho ajudado como posso, seja entrando ou sendo titular, dando o meu melhor, como sempre fiz desde que cheguei ao Cruzeiro. Quanto mais você joga e as coisas dão certo, mais confiança ganha para ter um bom desempenho. Hoje estou no elenco entre os que mais jogaram e isso mostra que estou bem e 100%.
Tem acompanhado a NBA? Nas férias você chegou a viajar para os Estados Unidos para acompanhar um jogo in-loco. Tem preferência por algum time? Acha que o título desta temporada vai ficar com quem?
Sempre que posso, acompanho. Muito animado para a final entre Cleveland e Golden State. São muitos craques, Lebron, Irving, Love de um lado, Curry, Thompson, Durant, Green de outro… Os caras são fora de série! O Lebron em final sempre cresce, pode levar nas costas mais um título, mas o Golden State com o Durant está mais forte este ano. Acho que, desta vez, vai dar Golden State Warriors, time que eu torço. Chegou a nossa hora de levar.
Fonte: Jornal “O Tempo”