A situação imposta ao técnico Guto Ferreira para um Ba-Vi tão importante como o deste domingo (30), às 16h, que decidirá uma vaga na final da Copa do Nordeste, é curta e direta: não há um especialista da posição para substituir o centroavante Hernane, afastado com uma fratura na tíbia. Sem Gustavo, expulso no clássico de ida, o jeito será improvisar.
Na tarde deste sábado (29), o elenco tricolor fez um treino fechado na Fonte Nova, palco do jogo, justamente para manter o sigilo sobre o substituto do camisa 9. No clássico de quinta-feira (27), Guto optou por lançar Edigar Junio mais à frente, o que deve se repetir logo mais.
Mas colocar Edigar Junio centralizado passa longe de ser uma dor de cabeça para o treinador. Primeiro, porque o Esquadrão precisa apenas do triunfo por 1×0 para avançar à decisão, devido ao gol marcado na derrota por 2×1 no Barradão. Segundo, que o provável substituto já recebeu a incumbência de ser a principal fonte de gols na ausência do Brocador, no ano passado, e não ficou devendo em nada.
Na temporada 2016, Hernane se machucou em março, quando vivia grande fase. Edigar, que vinha em segundo na artilharia do time, assumiu o papel de protagonista do ataque e brocou cinco gols nos 11 jogos sem o centroavante.
O atacante lembra, porém, que ele não precisou jogar de centroavante no ano passado, como pode acontecer agora. “Quem jogou naquela ocasião foi Zé Roberto, mas eu recebi mais liberdade para chegar mais próximo da área. Graças a Deus, deu certo e consegui marcar alguns gols”, disse.
O camisa 11 não vê problemas se tiver que jogar como centroavante titular pela primeira vez: “Minha posição é ponta, mas eu me sinto apto para jogar de centroavante, porque consigo proteger a bola e me movimentar dos dois lados. Nessa posição, jogo mais próximo da área e terei mais chances de finalização. Se Guto me escolher, darei o meu máximo e estarei preparado”.
Edigar diz confiar na garra que o Bahia mostrou nos dois últimos clássicos, ao criar chances mesmo com dez homens em campo, para vencer o rival. “Todos viram a nossa força com um a menos. No primeiro clássico, a torcida se tornou esse jogador, nos incentivando o tempo todo. Se estivermos completos e com o apoio deles de novo, vamos conseguir a classificação”.
Fonte: Jornal Correio